quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Dupla Implácavel é bem ruim



Não há absolutamente nada de genial em Dupla Implacável, longa protagonizado por John Travolta e Jonathan Rhys Meyers. Jonathan interpreta James Reece, um funcionário meio nerd da embaixada norte-americana na França que sonha em um dia se tornar agente secreto. De tanto persistir, Reece é designado para a missão de acompanhar o espião meio maluquetes Charlie Wax (John Travolta) em sua busca por terroristas afegãos. À medida em que o ritmo do longa se transforma em frenético, o roteiro vai sendo deliberadamente deixado de lado. É como se nada mais importasse, somente tiros, explosões e correrias. Travolta esforça-se em vão para tentar dar vida a um personagem simplesmente inverossímil demais para meu gosto. Já Rhys Meyers (que nem é tão bonito assim quanto tentam nos vender) tira leite de pedra e nos entrega uma interpretação segura e competente. Outro ponto positivo do filme é a direção de arte. Reece e Wax circulam quase que o tempo todo por uma Paris que turista algum deseja conhecer. São submundos fétidos, recheados de imigrantes clandestinos, sempre apresentados com satisfatória força expressiva. Sinceramente, esperava mais tanto de Luc Besson (roteirista habilidoso que assinou preciosidades como O Profissional e O Quinto Elemento) quanto de Pierre Morel (que dirigiu o inesperado sucesso de crítica e de público Busca Implacável).

Um comentário:

  1. Apesar de todos os furos do roteiro, eu gostei do filme. Tem a cara de muitas produção de Besson, muita ação em algum lugar da Europa (geralmente na França) e pouca história.

    O "Busca Implacável" citado tem uma história melhor, mas também é cheio de ação e violência, com estilo bem parecido.

    Até mais

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