quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O Dia em que a Terra Parou (2008) é ruim demais



Pessoalmente, acredito que o verbo parar tem tudo a ver com esse longa. Explico: é que depois que o filme acabou fiquei alguns minutos parada em frente a TV torcendo para que tudo aquilo não passasse de um sonho delirante. Doce ilusão. A realidade não tardou a me engolfar e a me fazer refletir sobre as profundezas a que chegam certas produções hollywoodianas. Meu Deus, que lástima! O filme de 2008 pretendia ser uma refilmagem de seu brilhante homônimo de 1951, que à época foi visto como um apelo pacifista para o fim da Guerra Fria. Bem, a Guerra Fria acabou, o capitalismo venceu e o Tio Sam se tornou o país mais poderoso do mundo. Qual seria, então, a mensagem subliminar que o novo longa tentaria nos transmitir? A resposta é simples e clichê: a preservação do meio ambiente, é claro. Primeiro que, sinceramente, não agüento mais assistir a filmes, séries, reportagens e tantas outras coisas que tentam nos imprimir culpa pela destruição do planeta. Sério, que saco! O que mais vocês querem que eu, membro da classe trabalhadora mundial, que economiza água e luz, recicla e utiliza uma sacolinha reutilizável para ir ao supermercado faça? Desculpem, pessoas, mas não tenho parentesco com a Mulher Maravilha, e acho que todos temos que olhar para o próprio umbigo antes de sacar a metralhadora giratória e sair atirando pra tudo que é lado (países desenvolvidos, por favor tomem um chá de semancol antes de discursar sobre o tema). Segundo que o que um ET que nem mora neste planeta tem a ver com tudo isso? Não gostou do que viu? Ora, então pegue sua malinha invisível e vá embora. A inabilidade do roteiro em debater a questão de maneira inteligente não nos faz querer chegar ao fim do longa. As atuações são sofríveis. Keanu Reeves está mais blasé do que nunca. E enquanto Jaden Smith exerce seu ar petulante, Jennifer Connelly tenta em vão segurar o filme nas costas.

7 comentários:

  1. Você disse tudo: é ruim demais. Uma ofensa ao original (dirigido pelo Robert Wise). E o Keanu Reeves, mais uma vez, perdeu a chance de ficar em casa e não pagar mico.

    Cultura na web:
    http://culturaexmachina.blogspot.com

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  2. Sou totalmente contra a refilmagem de clássicos.

    Acredito em utilizar idéias de filmes famosos, como Brian DePalma fez em vários suspenses que lembram Hitchcock, mas refilmar clássicos é um grande erro.

    Até mais

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  3. Não gosto de filmes catástrofes por serem totalmente idênticos, sendo assim não vejo esse nunca. Nunca mesmo.

    []'s

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  4. Também sou contra a refilmagem de clássicos. Acho um sacrilégio.
    Abraços a todos.

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  5. Uma chatisse, mais uma das muitas refilmagens desnecessárias ;(

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  6. São pouquíssimas as refilmagens que dão certo, mas este é um exemplo típico de que não deu. Deverão pedir as devidas desculpas a Michael Rennie e a Patricia Neal (os atores principais do clássico de 1951), e principalmente ao Grande Mestre Robert Wise, que com certeza se viraram dos seus túmulos.

    Abraços Jenifer

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