Quentin Tarantino é mesmo um mestre em construir histórias
sobre vingança. Para os personagens de Tarantino, vingança não é um prato que
se come cru. É um prato que se delicia aos poucos, sentado a uma mesa bem
posta e, de preferência, com o corpo de seu inimigo a servir de assento. Django
Livre é um típico Tarantino. Lá está mais uma vez sua estética inconfundível e suas
referências pops cinéfilas (que aqui parecem homenagear Clint Eastwood, Sergio Corbucci e Enzo
Castellari). Django (Jamie Foxx) é um escravo, que
é comprado pelo dentista/caçador de recompensas Dr. King Schutz (Christoph
Waltz, em mais uma atuação épica). Dr. Schultz quer que Django o ajude a achar
os irmãos Brittle, procurados da justiça e por cujas cabeças promete-se pagar um
bom dinheiro. Depois de devidamente liquidados, bem ao estilo tarantinesco de
ser, Django parte em busca de sua amada esposa Broomhilda, que foi comprada por Calvin Candie
(Leonardo DiCaprio), um americano que não fala uma palavra em francês, mas que
por motivos que desafiam a lógica gosta de ser chamado de monsier Candie. E
para contar a saga de Django, Tarantino abusa de closes significativos e do
jorrar exagerado de sangue, coisa que também caracteriza seus longas. Agora,
vamos combinar que o filme é um tanto quanto longo demais: 2h45m. Não que a
duração excessiva comprometa o ritmo do filme, mas chega uma certa altura que o
desconforto simplesmente começa a tomar conta do corpo. Como já disse anteriormente, Christoph Waltz está estupendo, construindo seu
personagem com um misto perfeito de ironia, intensidade e cinismo. Destaque
também para Samuel L. Jackson, que rouba absolutamente todas as cenas em que
aparece.
O Tarantino é demais.
ResponderExcluirTarantino é único.....amo seu estilo de narrar histórias de vingança....ou do cotidiano. kkk.
ResponderExcluirabraços
Preciso MUITO ver!
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