domingo, 31 de outubro de 2010
Sobre Comer, Rezar, Amar
O premiado ator espanhol Javier Bardem virou motivo de chacota nos quatro cantos do país por conta de sua ridícula tentativa de dominar a língua de Camões. Sim, porque o cara fala português tão bem quanto a Sabrina Sato fala inglês (ou seja, na maior parte do tempo, a coisa acaba beirando o constrangedor mesmo). Não que eu ache que a culpa dessa piada de mau gosto toda deva cair única e exclusivamente nas costas de Bardem. Ponto negativo também para os cegos, surdos e mudos produtores do longa.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
O Lobisomem é um bom filme
Uma das poucas coisas ruins de O Lobisomem é o cabelo estilo tigela de Benício Del Toro (ai que coisa mais jeca, Meu Deus). Outra é a atuação um tanto quanto apagada da sempre belíssima Emily Blunt (acredito já ter visto a moça em dias mais inspirados de trabalho). No mais, o filme é uma respeitosa coleção de acertos. O terror vem sempre na medida certa (nem exagerado demais; nem frouxo de menos). As cenas de perseguição são daquelas pra se assistir sentada(o) na pontinha do sofá. E reconstrução de época (final do século 19) é competente até dizer chega. O Lobisomem conta a história de um ator de teatro que retorna a sua cidade natal para investigar o brutal assassinato de seu irmão. O infeliz acaba sendo mordido por uma lendária criatura e passa a sofrer estranhas mutações nas noites de lua cheia. O roteiro não chega a ser nenhum primor, mas cumpre bem seu digno papel de entreter com uma certa dose de inteligência.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Casais improváveis, mas aparentemente não impossíveis - parte 5
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Rookie Blue é ruim, mas eu não consigo parar de assistir (what's wrong with me?)
Rookie Blue mostra a rotina de jovens recrutas recém-saídos da academia de polícia. Sei que todos os atores da série canadense mereciam estar na sessão Bonitos, mas sem talento. Sei que os episódios parecem ter sido escritos por uma criança de 10 anos de idade. Sei que o detetive galã usa uma calça tão, mas tão, justa que chega a ser constrangedor. Sei que o cabelo da policial loirinha saiu de moda já há uns 50 anos. Ai que mania de gostar do que não merece.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Idas e Vindas do Amor é lamentável
Idas e Vindas do Amor é certamente a pior comédia romântica que já vi na vida. Sim, porque tudo no filme é uó. O cara que termina com a noiva para depois descobrir-se apaixonado pela melhor amiga é tosco; o menininho que acredita amar a professora e foge de casa de bicicleta para ir atrás dela no restaurante é brega; o rapaz engravatado que flagra a namorada trampando como atendente de tele-sexo, mas a perdoa porque todos temos defeitos e merecemos uma segunda chance é pra acabar; os quatro adolescentes toscos, esteriotipados e sem noção são irritantes. Enfim, o longa é uma avalanche sem fim de clichês mal acabados e histórias superficiais com finais nada edificantes. Ai que perda de tempo!
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
As maiores transformações físicas da história do cinema - parte 6
George Clooney em Syriana-A Indústria do Petróleo
O solteirão convicto (e por solteirão convicto leia-se galinha convicto) engordou cerca de 15 quilos para viver o agente secreto Robert Baer no longa Syriana – A Indústria do Petróleo. O bonitão afirma que para fazer subir o ponteiro da balança ele consumia nove refeições diárias, todas a base de muito carboidrato. Uia!
O solteirão convicto (e por solteirão convicto leia-se galinha convicto) engordou cerca de 15 quilos para viver o agente secreto Robert Baer no longa Syriana – A Indústria do Petróleo. O bonitão afirma que para fazer subir o ponteiro da balança ele consumia nove refeições diárias, todas a base de muito carboidrato. Uia!
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Separados!
Maré de Azar é ruim de dar dó
Maré de Azar não é nem de longe um filme interessante; pelo contrário, é chato de dar dó. O longa conta a história de Joel (Jason Bateman), dono de uma fábrica de extratos, que está prestes a abrir falência por conta de um esdrúxulo acidente de trabalho em que um de seus funcionários perde os testículos. Entrementes, ele tenta a todo custo arrumar um namorado para sua esposa (oi?), pois deseja fervorosamente trai-la também (e em sua cabeça bastante doentia, ele julga que uma traição dupla eliminaria a culpa de ambas as partes. Entendeu? Nem eu). O filme tenta fazer piada com as situações limites vividas pelo infeliz protagonista. Mas o humor negro do longa (esteriotipado e arrastado) funciona tanto quanto a atuação desinteressada de Jason Bateman, que só não afunda de vez a produção porque Ben Affleck, que interpreta o amigo drogado e sem noção de Joel, consegue estar ainda mais ridículo que ele. Afe!
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Estrelas do cinema e suas escolhas profissionais equivocadas - parte 7
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Quizz do Dia das Crianças - parte 3
domingo, 10 de outubro de 2010
Quizz do Dia das Crianças - parte 2
sábado, 9 de outubro de 2010
Quizz do Dia das Crianças
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Selo Este Blog Faz a Minha Cabeça
Este singelo blog recebeu do meu querido amigo Clênio (espero que possa chamá-lo assim, pois assim o considero) o selo Este Blog Faz a Minha Cabeça. Obrigada Clênio (leia-se Lenny's mind). Seus textos sempre inteligentes também fazem a minha cabeça. Seguindo o protocolo, aqui vai minha lista de indicados:
- Cigarros & Filmes
- Cinema - Filmes e Seriados
- Laranja Poética
- Filmes Antigos Club Artigos
- Apimentário
Todos feras cibernéticas.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Estrelas do cinema e suas escolhas profissionais equivocadas - parte 6
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Amor à Distância é acima da média
Amor à Distância fala sobre a dificuldade de ser manter um relacionamento a dois quando cada uma das partes envolvidas mora em um lugar diferente. Esse não é um tema recorrente em filmes hollywoodianos, o que por si só já é uma boa premissa. A história gira em torno de Erin (Drew Barrymore, que parece ter finalmente se livrado das invisíveis amarras que a impediam de crescer como atriz) e Garret (Justin Long). Os dois se apaixonam quase que instantaneamente e vivem um romance com prazo de validade prestes a expirar (6 semanas para ser mais precisa). Erin precisa voltar a São Francisco para terminar sua pós-graduação de Jornalismo em Stanford. Garret, por sua vez, tem um emprego bom e fixo em New York. É ao redor desse dilema que residem as questões mais inquietantes do longa: quem deve largar tudo pela pessoa amada? Ele? Ela? Nenhum dos dois? É possível ser fiel após meses de solidão física? Amor à Distância mostra-se suficientemente maduro para debater todas essas questões sem nunca resvalar na pieguice e flertar com o inverossímil. Alguns poucos clichês do gênero estão presentes, sim, é verdade. Mas eles são usados com extrema sagacidade pela diretora Nanette Burstein, que se apóia em um roteiro consistente para provar seu talento. Enfim, um filme acima da média.
P.S. – Momento Caras deste blog: Drew Barrymore e Justin Long também formam um casal na vida real.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Candidatos ao Oscar já começam a pipocar por aí
Uma alegria juvenil toma conta do meu ser nesta época tão feliz em que prováveis candidatos ao Oscar começam a pipocar por aí. The King’s Speech, por exemplo, faturou o Festival de Toronto (na categoria escolha popular) e já desponta como um mega favorito a várias estatuetas douradas. O filme conta a história de superação do Rei George VI, pai da atual Rainha da Inglaterra e que é interpretado pelo mais novo queridinho de Hollywood Colin Firth (a quem, aliás, admiro imensamente). George VI, que subiu ao trono após a renuncia de seu irmão Eduardo VIII, sofria de gagueira, uma falha bastante mal vista para um homem público. Ele busca, então, a ajuda de um fonoaudiólogo (Geoffrey Rush) nada ortodoxo.
P.S. – A quem interessar possa (tipo, a mim mesma, por exemplo) Beleza Americana, Crash – No Limite e Quem Quer Ser um Milionário? também venceram esta mesma categoria do Festival de Toronto um ano antes de suas respectivas consagrações no Oscar.
P.S. – A quem interessar possa (tipo, a mim mesma, por exemplo) Beleza Americana, Crash – No Limite e Quem Quer Ser um Milionário? também venceram esta mesma categoria do Festival de Toronto um ano antes de suas respectivas consagrações no Oscar.
sábado, 2 de outubro de 2010
Clint Eastwood fazendo um filme espírita? Sim, pode acreditar que é mesmo verdade
Causou-me imenso espanto saber que Além da Vida foi dirigido pelo outrora sempre racional e comedido Clint Eastwood. Será que a idade avançada (ele completou 80 anos recentemente) afetou o bom julgamento de Dirty Harry? Muito mais do que abordar o tsunami de 2004 na Ásia, Além da Vida fala sobre um vidente que parece ter genuinamente o poder de se comunicar com os mortos. Nada a ver com os realismos nus e crus de Clint. Em tempo: Além da Vida, que é protagonizado por Matt Damon e Cécile De France, estréia nos EUA em 22 de outubro. No Brasil, o longa poderá ser conferido a partir de fevereiro do ano que vem. Dá só um bico no trailer.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Julie & Julia é delicioso (com trocadilhos, é claro)
Julie Powell é (inconscientemente, é claro) uma das maiores responsáveis pela existência deste blog. Sim, porque foi após ter tomado conhecimento da empreitada da moça (cozinhar todas as 524 receitas do livro de Julia Child durante os 365 dias do ano) que decidi criar um blog também. O filme Julie & Julia retrata com humor sólido e propositadamente despretensioso as desventuras de Julie (Amy Adams) numa minúscula cozinha do Queen’s, em Nova York. Ao mesmo, somos também introduzidos aos momentos mais marcantes da vida de Julia Child (Meryl Streep), uma senhora um tanto quanto desengonçada que se tornou cozinheira já após a maturidade (sua inspiração para o fato veio quando ela morava em Paris). Os momentos que passamos durante o longa com Julia e seu marido Paul (Stanley Tucci) são absolutamente deliciosos (com trocadilhos, é claro). A reconstrução de época (Paul e Julia chegaram a Paris no final dos anos 40) é sublime. O roteiro renderia uma bela aula de estrutura narrativa, e a direção da sempre competente Nora Ephron é mais uma vez segura e sensível.
P.S. – Assistindo ao filme percebi uma certa semelhança entre Julia Child e aquela cozinheira brasileira Palmirinha. Claro que Julia é infinitamente mais importante para a culinária mundial do que sua genérica brasileira. Mas que as duas são igualmente atrapalhadas, ah, isso são.
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