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Em Pânico na Neve, três amigos sobem num daqueles teleféricos de estações de esqui, mas são simplesmente esquecidos lá em cima. As luzes se apagam, as máquinas são desligadas e o funcionário da espelunca vai embora, sem nem se ligar que ainda tinha gente sentada em um dos bancos. É a última “viagem” do domingo, e pra piorar o que já estava ruim, a estação de esqui só será reaberta na sexta-feira (pois ela só funciona durante o fim de semana). Não há saída aparente para os três infelizes; pular seria arriscado demais e o frio é tão intenso que em apenas uma noite eles poderiam virar picolé. O clima de suspense é bacana, mas nada no longa é nem muito bom nem muito ruim. Pra variar, a garota enxaqueca desanda a berrar sem parar no ouvido dos outros rapazes. (“Como vamos sair daqui? Ai, Meu Deus, vamos morrer” e outras coisas estúpidas do gênero). Daí, o namorado valentão da moça decide pular (obviamente ignorando o fato de que a queda destruiria os ossos de suas pernas). E ele pula. E, é claro, se estropia todo. Isso sem contar que no meio daquele perereco todo (sangue pra lá, queimaduras de gelo pra cá), as criaturas ainda acham tempo e ânimo pra ficar contando historinhas toscas de suas infâncias. Pai do Céu. Bom, pessoas, não vou contar o final do filme. Apenas vou dizer que Pânico na Neve cumpre bem seu papel de produzir tensão, mas para curtir o filme por completo é preciso tolerar (e muito) certos clichês do gênero.
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