sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Pânico na Neve produz tensão, mas...
Em Pânico na Neve, três amigos sobem num daqueles teleféricos de estações de esqui, mas são simplesmente esquecidos lá em cima. As luzes se apagam, as máquinas são desligadas e o funcionário da espelunca vai embora, sem nem se ligar que ainda tinha gente sentada em um dos bancos. É a última “viagem” do domingo, e pra piorar o que já estava ruim, a estação de esqui só será reaberta na sexta-feira (pois ela só funciona durante o fim de semana). Não há saída aparente para os três infelizes; pular seria arriscado demais e o frio é tão intenso que em apenas uma noite eles poderiam virar picolé. O clima de suspense é bacana, mas nada no longa é nem muito bom nem muito ruim. Pra variar, a garota enxaqueca desanda a berrar sem parar no ouvido dos outros rapazes. (“Como vamos sair daqui? Ai, Meu Deus, vamos morrer” e outras coisas estúpidas do gênero). Daí, o namorado valentão da moça decide pular (obviamente ignorando o fato de que a queda destruiria os ossos de suas pernas). E ele pula. E, é claro, se estropia todo. Isso sem contar que no meio daquele perereco todo (sangue pra lá, queimaduras de gelo pra cá), as criaturas ainda acham tempo e ânimo pra ficar contando historinhas toscas de suas infâncias. Pai do Céu. Bom, pessoas, não vou contar o final do filme. Apenas vou dizer que Pânico na Neve cumpre bem seu papel de produzir tensão, mas para curtir o filme por completo é preciso tolerar (e muito) certos clichês do gênero.
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