Incontrolável decepciona

Incontrolável é mais ou menos como um Velocidade Máxima às avessas. Sim, porque se no filme estrelado por Keanu Reeves o ônibus não podia parar, em Incontrolável o trem tem de parar ou irá matar centenas de pessoas (milhares até, se o descarrilamento acontecer em uma área altamente povoada). O filme até tem lá seus momentos de emoção, mas as atuações pouco inspiradas e o roteiro extremamente tolo e simplificado não nos permitem maiores empolgações. As ações em primeira pessoa entrecortadas por noticiários de TV também não funcionam nem um tiquinho (onde já se viu cortar o clímax do momento no meio?). Ah, e bem que os roteiristas poderiam ter-nos poupado de certos clichês irritantes do gênero. É o pai herói que beija a foto da filha antes de arriscar o próprio pescoço por um bando de desconhecidos (nada contra, mas que é clichê é), é o chefe intransigente e irracional que tem as idéias mais idiotas do mundo e se recusa a ouvir as opiniões alheias, etc. Enfim, entretenimento de qualidade bem duvidosa.